sexta-feira, 1 de maio de 2015

O que seria uma Alimentação Saudável?



Nas postagens anteriores temos mostrado informações nutricionais sobre o conhecido produto comercial Danoninho e sobre um importante componente de nossa dieta, a carne. Temos buscado, a partir de tais informações, compará-los com o objetivo de saber se realmente poderíamos substituir a carne por um Danoninho.

Buscando complementar um pouco mais nossos conhecimentos sobre alimentação surgiu o questionamento: Mas o que poderia ser considerada uma alimentação saudável? Quais os parâmetro que estamos tomando para podermos compará-los?


PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

Ter hábitos alimentares saudáveis não significa fazer uma alimentação restritiva ou monótona. Pelo contrário, um dos pilares fundamentais para uma alimentação saudável é a variedade. Quanto mais variada for a sua seleção alimentar, melhor!

Diferentes alimentos contribuem com diferentes nutrientes o que, potencialmente, enriquece o dia alimentar de cada pessoa.

Ao optar por hábitos alimentares mais saudáveis, não é preciso abdicar daqueles alimentos menos saudáveis de que tanto gostamos. O importante é que o consumo desses alimentos constitua a exceção e não a regra do seu dia a dia alimentar.

Produtos hortícolas, frutos, cereais e leguminosas são alimentos ricos em fibra, vitaminas, sais minerais e com baixo teor de gordura, por isso devem ser os “alimentos base” do seu quotidiano. Isto é, a maior parte das calorias que consome diariamente deve ser proveniente destes alimentos de origem vegetal.

Fazer uma alimentação saudável deve ser encarado como uma oportunidade para expandir o seu leque de escolhas e experimentar novos pratos, deste modo enriquece os seus hábitos alimentares e evita que a sua alimentação se torne rotineira e monótona.

A alimentação, entre muitas outras funções:
- Assegura a sobrevivência do ser humano;
- Fornece energia e nutrientes necessários ao bom funcionamento do organismo;
- Contribui para a manutenção do nosso estado de saúde físico e mental;
- Desempenha um papel fundamental na prevenção de certas doenças (ex.: obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes, certos tipo de cancro, etc.);
- Contribui para o adequado crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes.

Os nutrientes resultantes da decomposição dos alimentos ingeridos, dependendo das suas propriedades e características, podem-se agrupar em:
hidratos de carbono, gorduras, proteínas, fibras, vitaminas, sais minerais e água.
Os  hidratos de carbono, as proteínas e as gorduras são os nutrientes que fornecem energia.
Esta pode expressar-se em Kilocalorias, vulgarmente denominadas de calorias. 

OS NUTRIENTES

Os hidratos de carbono devem ser a nossa principal fonte de energia. Os principais fornecedores de hidratos de carbono são os alimentos de origem vegetal: pão, massa, arroz, batatas, cereais (trigo, aveia, etc.), feijão, grão, ervilhas, etc.

De origem animal, apenas o leite e o iogurte fornecem hidratos de carbono em quantidade significativa.  O açúcar simples (açúcar de cana simples ou adicionado a refrigerantes, produtos de pastelaria e confeitaria, rebuçados, gomas, chocolates, sobremesas doces, marmeladas, etc.) é um tipo de hidrato de carbono que, pelos seus efeitos prejudicais à saúde, deve ser consumido com regra e muita moderação.

As proteínas são nutrientes plásticos fundamentais, isto é, o nosso organismo utiliza as proteínas que consumimos para a construção de órgãos, músculos, pele, cabelo e muitos outros compostos. Os principais fornecedores alimentares de proteínas são de origem animal: peixe, carne, ovo, leite, queijo e iogurte.

Existem alguns alimentos de origem vegetal que também fornecem quantidades significativas de proteínas (ex.: feijão, grão), não tão “completas”, mas que dão um contribuo importante para a ração proteica diária, diminuindo assim as necessidades em proteínas provenientes de alimentos de origem animal. O nosso organismo não precisa de quantidades exageradas de proteínas, pois o excesso, a ser aproveitado, é usado na constituição de reservas de gordura.

A gordura é um nutriente necessário, mas o seu consumo deve ser cuidadoso, pois em excesso é um dos fatores que aumenta o risco de doenças cardiovasculares, obesidade, determinados tipos de cancro, entre outras. Existem na nossa alimentação diferentes tipos de gorduras: saturadas, monoinsaturadas, polinsaturadas, colesterol, etc.

As gorduras saturadas e o colesterol existem principalmente nos alimentos de origem animal (carne, banha, manteiga, toucinho, produtos de salsicharia, etc.). O principal fornecedor de gorduras monoinsaturadas é o azeite, e como a gordura monoinsaturada é a que melhor se adapta às necessidades do nosso organismo, o consumo de azeite deve ser sempre privilegiado em relação às outras gorduras.

As gorduras polinsaturadas existem principalmente em alimentos de origem vegetal (ex.: óleo de amendoim, óleo de girassol, margarinas, nozes, amêndoas, etc.) e na gordura do peixe.

No seu dia alimentar deve procurar reduzir o consumo de gorduras saturadas e colesterol, favorecendo sempre as gorduras monoinsaturadas e polinsaturadas. As fibras alimentares, caracterizam-se por serem um conjunto de substâncias existentes nos alimentos de origem vegetal, que o organismo não consegue digerir e que, portanto, não são absorvidas.
Atuam no processo digestivo, contribuindo para um bom trânsito intestinal.

Um baixo consumo de fibras está relacionado com o aparecimento de certas doenças, como a constipação (prisão de ventre), hemorroidas, obesidade, diabetes, diminuição da absorção do colesterol alimentar ao nível do intestino, etc.

Como contribuem para o aumento da velocidade do trânsito intestinal, diminuem a exposição da parede do cólon a agentes potencialmente carcinogênicos, o que diminui o risco de cancro do cólon. 

As vitaminas e os sais minerais são micronutrientes reguladores, ou seja, apesar de não nos fornecerem energia (calorias), são indispensáveis para a nossa saúde, ativando, facilitando e regulando quase todas as reações bioquímicas que têm lugar no nosso organismo.

A água é fundamental para a nossa sobrevivência e para a manutenção do nosso estado de saúde. Cerca de 70% do nosso corpo é constituído por água, daí que seja importante não descuidar as quantidades de água que se bebem.

Qual a quantidade de água aconselhada? Deve beber água suficiente para que a sua urina seja abundante, clara e inodora (sem cheiro).

Algumas consequências de um baixo consumo de água são: constipação (prisão de ventre), problemas renais (o funcionamento dos rins fica dificultado, aumenta o risco de infecções urinárias, etc.), hipertensão arterial, a sua pele fica com pior aparência (pode ficar mais áspera e seca envelhecendo mais rapidamente), maior risco de aparecimento de celulite, cabelos secos e sem brilho, desidratação, que em casos extremos, pode levar à morte.

Relativamente às bebidas alcoólicas, é de salientar que, apesar de não ser um nutriente, o álcool fornece calorias (1g de álcool fornece cerca de 7 calorias). Se for um adulto saudável, quando consumir bebidas alcoólicas faça-o às refeições e com muita moderação, tendo em atenção que estas contribuem para o aumento do total de calorias que consome diariamente. Mulheres grávidas e a amamentar, crianças, adolescentes e jovens, com menos de 17 anos, não devem consumir qualquer porção de bebidas alcoólicas.

Referências:
Direção geral da Saúde, Ministério da Saúde. Princípios para uma Alimentação Saudável. Vanessa Candeias; Emília Nunes, Cecília Morais, Manuela Cabral, Pedro Ribeiro da Silva 

Imagens Google 


8 comentários:

  1. Grupo H

    Com certeza, um dos blogs que eu mais tenho gostado de ler..
    Alimentação saudável é isso mesmo, variedade alimentar e não restrição alimentar. Em linhas gerais, para se ter uma boa alimentação, não precisa de muito... é consumir alimentos variados, em 4 refeições ao dia; manter um peso saudável; aumentar a atividade física diária; ingerir arroz e feijão todos os dias,
    acompanhados de legumes e vegetais folhosos; ingerir também de 4 a 5 porções de frutas todos os dias; reduzir o açúcar; evitar uso de refrigerantes; para lanches, comer frutas ao invés de biscoitos, bolos e salgadinhos; comer pouco sal; usar óleos e azeite ao invés de outras gorduras; tomar leite e comer produtos lácteos, com baixo teor de gordura, pelo menos 3 vezes por dia.
    Com o aumento da obesidade e das doenças associadas à obesidade, no Brasil, há que se combinar orientações para a redução das deficiências nutricionais, ainda presentes, com orientações visando a prevenção das doenças crônicas não transmissíveis.Neste cenário, as medidas preventivas ocupam lugar de destaque, não só em função de que a prevenção precoce das doenças associa-se a melhor qualidade de vida, mas também porque, as medidas terapêuticas para a obesidade, um dos principais problemas nutricionais do presente, têm sido de pouca valia.

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  2. Grupo M
    Apesar de a água ser fundamental para o metabolismo celular e bom funcionamento dos sistemas corpóreos como relatado na postagem, existem algumas consequências de seu consumo excessivo. Em humanos, os rins controlam a quantidade de água, sais e outros solutos que deixam o organismo, “peneirando” o sangue através de seus milhões de túbulos. Quando uma pessoa bebe água demais em pouco tempo, os órgãos não conseguem eliminá-la o bastante, e o sangue fica “encharcado”. Atraída por regiões onde a concentração de sais e outras substâncias dissolvidas é mais alta, a água em excesso deixa o sangue e entra imediatamente nas células, que incham como balões para conseguirem acomodá-la. A maioria das células tem espaço para se expandir, pois fica em tecidos flexíveis, como gordura e músculo, mas este não é o caso dos neurônios, apertados dentro da caixa craniana – que ainda é dividida com o sangue e o líquido cérebro-espinhal. É por isso que o edema ou inchaço cerebral pode ser desastroso. “A hiponatremia rápida e grave causa a entrada de água nos neurônios, levando ao inchaço que se manifesta em convulsões, coma, falha respiratória, hérnia cerebral e morte”. Assim, pode-se entender as consequências do consumo excessivo de água. O excesso de proteínas e gorduras também ocasionam um efeito sistêmico, e por isso é necessário cuidado e conhecimento sobre uma dieta balanceada. Parabéns pela postagem, foi muito bem formulada, possui um valor instrucional, além da relação com a bioquímica.

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  3. Adoro ler as postagens desse blog. Sempre dinâmicas e muito enriquecedoras! Acho importante lembrar os fatores ligados à alimentação saudável, pois ela envolve, na espécie humana, valores sociais, culturais, afetivos e econômicos. O alimento torna-se, assim, muito mais do que uma fonte de nutrientes. Apreciamos as cores e gostamos de sentir a textura e o sabor da comida. Muitas vezes é usado o argumento de que comida saudável é cara; entretanto, há diversos tipos de alimentos que contêm boas fontes de nutrientes e ainda assim, são acessíveis à maioria da população (leguminosas, por exemplo). Vale também substituir alimentos caros por outros mais baratos e com composição semelhante; equilibrando assim, a saúde e o bolso ;))

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  4. GRUPO A:

    Fala galera, tudo show? Muita gente diz que “você é o que come”, e isso não poderia ser mais verdade. O alimento que ingerimos tem um grande impacto na nossa saúde e bem-estar. Ao manter a forma física, comendo bem e realizando exercícios periodicamente, se reduz o risco de desenvolvimento de doenças do coração, por exemplo. Contudo, apesar de que manter uma alimentação saudável pode parecer algo simples, existem ainda muitos equívocos no grande público no que diz respeito a comer bem, por exemplo:
    ● 69,3% das pessoas pensam que a sua alimentação é saudável.
    ● 71% das pessoas afirmam “eu não preciso mudar os meus hábitos alimentares, já que como bastante e de forma saudável”.
    Mas será que isso é verdade? Muitos especialistas apontam que a alimentação do brasileiro piorou nas últimas décadas em vista das intensas rotinas de trabalho e da ‘’ proliferação ‘’ dos estabelecimentos ‘’ fast foods ‘’.
    Para tornar-se ou manter-se saudável, o nosso corpo precisa de boa alimentação, e do tempo e energia para processar os alimentos e usá-los no seu metabolismo. Uma rica alimentação fornece ao organismo nutrientes para produzir ou reparar tecidos, manter o sistema imunológico saudável e permitir ao corpo a execução de tarefas diárias com facilidade.
    Equilíbrio na alimentação é a chave para se manter saudável. É possível comer refeições bem preparadas e saudáveis. O objetivo de uma dieta variada e balanceada na idade adulta é assegurar que se mantenha o corpo em forma física adequada, os dentes bem cuidados, um bom sistema imunológico, cabelo e pele saudáveis, energia abundante, um peso ideal. A longo prazo, o objetivo é minimizar o risco de doenças crônicas, como doenças cardiovasculares, diabetes e osteoporose.


    Referências: http://www.alimentacaosaudavel.org/Alimentacao-Saudavel-Adulto-01.html

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  5. Grupo I

    É importante lembrar que só uma alimentação saudável não é suficiente para viver bem, é importante que sejam feitas no mínimo cinco refeições: café da manhã, almoço, jantar e lanches, e que não se deve pular nenhuma refeição, mesmo que se tenha exagerado na alimentação no dia anterior, lembrando que para os lanches sempre se deve dar preferência à frutas. É MUITO importante também não ficar parado, tentar acumular pelo menos 30 minutos de atividades físicas diárias, se não for for possível, deve-se tentar realizar atividades pelo menos 3 vezes por semana. E como já foi dito, lembrar de beber bastante água.

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  6. Grupo L:
    Ótima postagem! Além dos nutrientes já citados no texto, é relevante ressaltar a importância dos micronutrientes na alimentação. As vitaminas, por exemplo, são substâncias que o organismo não pode produzir, e, por isso, precisam fazer parte da dieta alimentar. Elas desempenham várias funções, como de coenzimas ou de aditivos indispensáveis para produção de energia. Dentre as vitaminas existem as hidrossolúveis, solúveis em água, e as lipossolúveis, solúveis em lipídios. Um exemplo de vitamina hidrossolúvel é a vitamina C (C6H8O6). A pequena quantidade delas na alimentação pode causar inúmeras doenças. O cálcio é outro micronutriente muito importante, e a sua carência tem relação com o surgimento da osteoporose.
    Os 10 passos para uma alimentação saudável são:
    1. Consuma alimentos variados, em 4 refeições ao dia. Pular refeições não emagrece e prejudica a saúde;
    2. Mantenha um peso saudável e evite ganhar peso após os 20 anos. Evite também o aumento da cintura;
    3. Faça atividade física todos os dias. Inclua na sua rotina andar a pé, subir escada, jogar bola, dançar, passear e outras atividades;
    4. Coma arroz e feijão todos os dias acompanhados de legumes e vegetais folhosos;
    5. Coma 4 a 5 porções de frutas, todos os dias, na forma natural;
    6. Reduza o açúcar. Evite tomar refrigerantes.
    7. Para lanches coma frutas ao invés de biscoitos, bolos e salgadinhos;
    8. Coma pouco sal. Evite alimentos enlatados e produtos como salame, mortadela e presunto, que contêm muito sal. Evite adicionar sal à comida já preparada. Aumente o uso de alho, salsinha e cebolinha. Alimentos ingeridos na sua forma natural como feijão, arroz, frutas, grãos e verduras têm pouquíssimo sal;
    9. Use óleos e azeite no preparo de bolos, tortas e refeições;
    10. Tome leite e coma produtos lácteos com baixo teor de gordura, pelo menos 3 vezes por dia.

    fonte: SICHIERI, Rosely et al. Recomendações de alimentação e nutrição saudável para a população brasileira. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, v. 44, n. 3, p. 227-232, 2000.

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  7. GRUPO J
    Ótima postagem!!
    Além das recomendações para uma vida saudável citadas acima, outras podem ser destacadas:
    - Inicie sempre o seu dia com um pequeno almoço completo e saudável;
    - Evite estar mais de 3 horas e meia sem comer;
    - Limite seu consumo total de gorduras;
    - Aumente o consumo de frutas, hortaliças e legumes. Deve-se ingerir um mínimo de 400g de hortofrutícolas;
    - Prefira os cereais integrais, porque sofreram um menor processamento e por isso têm mais fibras;
    - Reduza o consumo de açúcares;
    - Reduza o consumo de sal;
    - Faça um consumo adequado de leite e seu derivados;
    - Beba muita água.

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    1. FONTE: http://www.dgs.pt/upload/membro.id/ficheiros/i008723.pdf

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