“-
Humm, vixiii mamãe como esse bifinho esta gostoso!!!”
Após
seu filho comer aquele delicioso bifinho de panela, vimos no post anterior, que
para ele ser digerido e absorvido, vai exigir varias vias ioquímicas. No
entanto, você consegue explicar para seu filho qual a importância de comer o
bifinho?
Então
galera, iremos elucidar os principais beneficio que um bifinho pode trazer para
o corpo humano. Como sabemos as carnes
são alimentos ricos em proteínas e essas proteínas são formadas de aminoácidos
que são substâncias essenciais para a síntese proteica do organismo.
Uma
vez no sangue, os aminoácidos são distribuídos para células de todo nosso
corpo, sobretudo pelo fígado. Por conseguinte, quase nunca ocorre acúmulo de
grandes concentrações de aminoácidos no sangue circulante e nos líquidos
teciduais. Todavia, a intensidade de renovação dos aminoácidos é tão rápida,
que muitos gramas de proteínas podem ser transportados de uma parte do corpo a
outra sob a forma de aminoácidos, a cada hora.
Quase
imediatamente a entrada de aminoácidos na célula, os aminoácidos entra na via
de síntese proteica. Que ocorre em três etapas.
1º. Transcrição
A mensagem contida no cístron (porção
do DNA que contém a informação genética necessária à síntese proteica) é transcrita
pelo RNA mensageiro (RNAm). Nesse
processo, as bases pareiam-se: a adenina do DNA se liga à uracila do RNA, a
timina do DNA com a adenina do RNA, a citosina do DNA com a guanina do RNA, e
assim sucessivamente, havendo a intervenção da enzima RNA-polimerase. A sequencia
de 3 bases nitrogenadas de RNAm, forma o códon, responsável pela
codificação dos aminoácidos. Dessa forma, a molécula de RNAm replica a mensagem
do DNA, migra do núcleo para os ribossomos, atravessando os poros da membrana
plasmática e forma um molde para a síntese proteica.
2º. Ativação de aminoácidos
Nessa etapa, atua o RNA transportador (RNAt), que leva os aminoácidos dispersos no
citoplasma, provenientes da digestão, até os ribossomos. Numa das regiões do
RNAt está o anticódon, uma sequência de 3 bases complementares ao códon de
RNAm. A ativação dos aminoácidos é dada por enzimas específicas, que se unem ao
RNA transportador, que forma o complexo aa-RNAt, dando origem ao anticódon, um
trio de códons complementar aos códons do RNAm. Para que esse processo ocorra é
preciso haver energia, que é fornecida pelo ATP.
Na fase de tradução, a mensagem contida no RNAm é
decodificada e o ribossomo a utiliza para sintetizar a proteína de acordo com a
informação dada.
Os ribossomos são formados por duas subunidades. Na
subunidade menor, ele faz ligação ao RNAm, na subunidade maior há dois sítios
(1 e 2), em que cada um desses sítios podem se unir a duas moléculas de RNAt.
Uma enzima presente na
subunidade maior realiza a ligação peptídica entre os aminoácidos, o RNA
transportador volta ao citoplasma para se unir a outro aminoácido. E assim, o
ribossomo vai percorrendo o RNAm e provocando a ligação entre os aminoácidos.
O fim do processo se dá quando o ribossomo passa
por um códon de terminação e nenhum RNAt entra no ribossomo, por não terem mais
sequencias complementares aos códons de terminação. Então, o ribossomo se solta
do RNAm, a proteína específica é formada e liberada do ribossomo.
Para formar uma proteína de 60 aminoácidos, por
exemplo, é necessário 1 RNAm, 60 códons (cada um corresponde a um aminoácido),
180 bases nitrogenadas (cada sequência de 3 bases dá origem a um aminoácido), 1
ribossomo e 60 RNAt (cada RNAt transporta um aminoácido). Pode-se notar, então,
que se trata de um processo altamente complexo, já que há a intervenção de
vários agentes.
Isso
tudo é importante para o corpo, porque as proteínas tem função de Construção de novos tecidos do corpo humano; Atuam no transporte de
substâncias como, por exemplo, o oxigênio; Atuam no sistema de defesa do
organismo, neutralizando e combatendo vírus, bactérias e outros elementos
estranhos. Vale lembrar que os anticorpos são compostos por proteínas; Agem
como catalizadoras de reações químicas que ocorrem no organismo dos seres
humanos. As enzimas exercem esta importante função; Estão presentes na
composição de vários fluídos produzidos pelo corpo como, por exemplo, leite
materno, esperma e muco; Presentes nos alimentos, quando ingeridas, fornecem
energia para o corpo humano; As proteínas estruturais (tubulina, por exemplo)
são responsáveis por dar resistência e elasticidade aos tecidos; Atuam na
regulação de hormônios; As proteínas encontradas na membrana plasmática atuam
como receptoras, emitindo sinais para que a célula possa desempenhar suas
funções vitais.
As proteínas participam de praticamente todos os
processos biológicos do corpo humano. Por isso, são de máxima importância para
os seres vivos.
Então mamãe, papai, vovô e vovó...não vamos
deixar de comer proteínas e nem esquecer de dá para os filhos e netos, pois
como vimos são bastante importantes para o desenvolvimento do nosso corpo. Até a
próxima galera, e se achar interessante o post, deixe seu comentário.
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Referências
http://www.infoescola.com/bioquimica/sintese-de-proteinas/
acessado em 23 de maio de 2015.
http://www.todabiologia.com/saude/funcoes_proteinas.htm
acessado em 23 de maio de 2015.
GUYTON,
Arthur C.; HALL, John E. Tratado de fisiologia médica. 11 ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2006.
GRUPO L
ResponderExcluirMuito importante abordar como o bifinho age no organismo. Apesar de ser um processo complexo vocês conseguiram sintetizar bem e deixaram a leitura bem dinâmica. O “bifinho” tem como principal componente as proteínas, que são cadeias de ácidos aminados - compostos orgânicos com agrupamentos COOH e um radical NH2. Dos 20 aminoácidos necessários para produzir proteínas no organismo, alguns não podem ser sintetizados pelo organismo, apesar de indispensáveis para seu funcionamento, sendo denominados "essenciais”. Eles são a metionina, a tirosina, o triptofano, a lisina, a leucina, a isoleucina, a fenilalanina e a valina. Dessa forma, esses aminoácidos e os demais não essenciais são obtidos na ingestão do bifinho e daí vem uma das importâncias de se comer o tal bifinho. Após ser digerido, o bifinho é convertido em aminoácidos que são absorvidos e vão para as células onde serão recrutados para a síntese proteica conforme o mecanismo complexo descrito no post de vocês. Um ponto que não foi abordado e que merece ser evidenciado é o processamento que o RNA mensageiro sofre após o termino da transcrição. Esse processo ocorre no núcleo e é de fundamental importância para a síntese proteica. Primeiramente, é adicionado um cap 5’ (resíduo de 7 – metilguanosina) na extremidade 5’ , depois uma cauda de poli A (80 a 250 resíduos de adenina) na extremidade 3’ do RNA mensageiro para proteger o mesmo conta a destruição de enzimas e deixar a molécula apta à tradução. Além disso, ocorre um “processamento interno” que é o splicing ou a retirada dos íntrons que são partes do RNA que não codificam proteínas. Assim, após o término desse processo o RNA mensageiro fica pronto para ser traduzido e vai para o citoplasma da célula, onde ocorre o processo.
REFERÊNCIA
LEHNINGER, Albert Lester et. al. Lehninger princípios de bioquímica. 3 ed. São Paulo, 2002.
Grupo M
ResponderExcluirComo já relatado na publicação as proteínas possuem inúmeras funções, e a partir da absorção de aminoácidos pelos enterócitos, irá ocorrer a síntese proteica e esses proteínas irão ser utilizadas por todos os tecidos. Os aminoácidos provenientes do “bifinho”, vão desempenhar várias funções através das proteínas, tais como: adesão, para garantir a estabilidade dos tecidos; transporte, como a hemoglobina, distribuindo nutrientes; reconhecimento, identificando células corporais e antígenos; receptores de membrana, para o funcionamento adequado do metabolismo corporal; canais de membrana, que irá contribuir para o metabolismo celular e funções celulares específicas, como contração muscular e impulso nervoso; enzimática, agindo no aumento da velocidade de reações bioquímicas; ancoragem, para dar a estrutura física da célula, como no citoesqueleto.
Postagem super relevante, pessoal! Entretanto, tão importante quanto mostrar como as proteínas são produzidas é entender sua excreção do organismo. Para isso, vale lembrar que elas estão em constante produção e degradação no corpo e diferentemente de carboidratos e lipídios, os aminoácidos (monômeros das proteínas) não podem ser armazenados, sendo então, oxidados e excretados, em mamíferos, na forma de ureia. Tal excreção é realizada no chamado ciclo da ureia que começa dentro das mitocôndrias dos hepatócitos, sendo que três passos acontecem no citosol . Dois grupos amino são inseridos no ciclo, sendo o primeiro proveniente da amônia que é empregada na síntese de carbamil fosfato e HCO3- da respiração da mitocôndria, e o segundo é proveniente do aspartato que veio da mitocôndria por transaminação e foi para o citosol. O grupo carbamil tem grande potencial de transferência e é útil na transferência do grupo amino pra ornitina, dando inicio a um novo ciclo.
ResponderExcluirhttp://docentes.esalq.usp.br/luagallo/bioquimica%20dinamica/degradacao%20proteinas%20e%20excrecao%20nitrogenio.pdf